domingo, 10 de janeiro de 2016

O desafio dos prefeitos em ano de crise profunda e eleições municipais

O ano é de desafio para os gestores municipais. Eles têm a missão de equilibrar a administração diante da crise, conectando ao projeto eleitoral.
Uma coisa leva a outra.
Se conseguirem resolver problemas básicos, como manter os salários em dia e os serviços em funcionamento, os prefeitos estarão credenciados à reeleição. Fracassando, o sucesso nas urnas tornará difícil. Entendimento simples. Lógico.
O cenário que se apresenta não é animador. No Rio Grande do Norte, mais de cinco dezenas de Prefeituras ainda não têm como pagar a folha de dezembro. Considerável parcela desse grupo sequer quitou o mês de novembro.
Somam-se, aí, as dívidas acumuladas com fornecedores, terceirizados e serviços.
Para piorar, o ano começa com contas mais densas devido o reajuste do salário mínimo e do piso nacional dos professores, e com receitas mais frágeis por consequência da queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A primeira cota de janeiro, depositada nesta sexta-feira, 8, registrou uma redução de 13% em relação à mesma cota de 2015.
Segundo o vice-presidente da Federação dos Municípios do RN (FEMURN), prefeito de Assú, Ivan Júnior (Pros), a previsão de receita da maioria dos municípios potiguares, principalmente aqueles que dependem exclusivamente de repasses da União, é incompatível com as novas despesas, e bem inferior ao montante de dívidas acumuladas.
O desânimo dos prefeitos é de tal forma que muitos deles não pretendem buscar a renovação do mandato ou lançar um candidato, embora a choradeira de início de ano geralmente não se repete no período eleitoral.
O fato é que o quadro do momento é desafiador e muito provavelmente contaminará projetos de reeleição de considerável parcela dos gestores municipais.
O prefeito terá de conduzir o processo estabelecendo o equilíbrio entre a gestão e o projeto eleitoral, trabalhando com as limitações impostas pela crise econômica.
Tarefa desafiadora.

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