quinta-feira, 9 de julho de 2015

Câmara de Itaguaí, RJ, cassa mandato do Prefeito Luciano Mota do PSDB

Mais um Prefeito corrupto punido pela lei, que isto sirva de exemplo para os demais.


Prefeito de Itaguaí, Luciano Mota (Foto: Reprodução/TV Globo)Ex-prefeito de Itaguaí, Luciano Mota
(Foto: Reprodução/TV Globo)
A Câmara dos Vereadores de Itaguaí, na Baixada Fluminense, decidiu cassar o mandato do prefeito Luciano Mota (sem partido), afastado após denúncias de corrupção no município, nesta quarta-feira (8). Eram necessários votos favoráveis de 12 dos 17 vereadores para que o mandato fosse interrompido. Foram 14 votos a favor da cassação, 1 voto contra e 2 vereadores ausentes.

O vice-prefeito, Wesley Pereira (sem partido), que já havia assumido o cargo de Luciano Mota após as denúncias, irá ratificar a posse de prefeito de Itaguaí, após a decisão da Câmara. 
Luciano Mota, ex-PSDB, foi afastado da prefeitura em abril de 2014 por determinação da Justiça Federal. Ele é acusado de chefiar uma quadrilha que desviava verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos royalties do petróleo. Entre os bens apreendidos do ex-prefeito estava uma Ferrari.
A sessão na Câmara votou o relatório de uma comissão processante que pediu a cassação por indícios de superfaturamento na obra de uma ponte. A construção custou R$ 1,8 milhão, mas uma auditoria feita pelo vice-prefeito, Wesley Pereira, constatou que o valor deveria ter chegado no máximo a R$ 900 mil.
Entenda o caso
Luciano Mota (PSDB), prefeito afastado de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio, foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e fraude em licitações. Ele esteve na sede da Polícia Federal para entregar seu passaporte.
Mota foi afastado da prefeitura por decisão é do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). Ele é investigado pela Polícia Federal por desvio de dinheiro público do SUS e dos royalties do petróleo. O desembargador Paulo do Espírito Santo determinou a busca e apreensão de um helicóptero, e de três carros de luxo. O helicóptero, avaliado em R$ 4 milhões, foi apreendido nesta quarta em São Paulo.
Segundo o desembargador, o esquema de desvio de verbas começava com licitações viciadas, como a que foi vencida pela empresa Tristars, que faz a coleta de lixo na cidade. A empresa pagava propina a homens de confiança do ex-prefeito, e estava envolvida na compra da Ferrari apreendida em dezembro, segundo a Justiça. O helicóptero também foi comprado por um empresário ligado à Tristars.
A Polícia Federal começou a ouvir vereadores suspeitos de receber propina e está investigando empresas queeram ligadas ao esquema de lavagem de dinheiro, algumas delas de aluguel de veículos.

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